Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo (FCMSCSP)
Introdução
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO
A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo é uma instituição multissecular, de origem portuguesa, que se dedica, desde o século XVI, à assistência aos órfãos, idosos, pobres e doentes. A palavra misericórdia compreende no sentido emotivo “colocar a bondade, o coração”, nos atos a favor do próximo. Durante muito tempo, esse foi o único Hospital da cidade e, na medida que São Paulo ampliava seus horizontes e a população crescia, foi necessário reservar espaço maior para acolher e cuidar dos doentes.
Em 1884, um novo Hospital foi inaugurado "nos altos do Arouche", localizando-se, até hoje, no mesmo lugar. Em 1912, Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, diretor clínico do Hospital, apresentou à Provedoria da Irmandade um projeto que formalizava o ensino das Ciências Médicas no Hospital. Em 1913, o Ensino Médico foi iniciado na Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. Desse modo, o Hospital da Santa Casa foi o primeiro local a formar médicos e cirurgiões no Estado de São Paulo.
Em meados da década de 1930, com a criação da Universidade de São Paulo (USP), as cadeiras clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo utilizavam as enfermarias da Santa Casa, sendo o Curso do “Dr. Arnaldo” integrado ao da USP, cujas cadeiras básicas foram transferidas para o prédio da Avenida Doutor Arnaldo em 1945.
A partir de 1933, alunos de outra instituição de ensino médico também usufruíram do aprendizado ofertado pelo Hospital Central: a Escola Paulista de Medicina, atual Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), até a década de 50 e o início das atividades da primeira unidade hospitalar construída exclusivamente para o ensino do país, o Hospital São Paulo. Nessa mesma década as unidades do Hospital de Clinicas da USP foram sendo ativadas e os seus alunos transferiram-se para as novas instalações.
Por esses fatos históricos, o Hospital da Santa Casa foi o berço das primeiras Escolas Médicas da cidade de São Paulo. Essa vocação para o ensino, assistência e pesquisa persistiram e resultaram em históricas reivindicações para que os futuros médicos voltassem a frequentá-lo. Atualmente são atendidas em média mais de 8 mil pessoas diariamente em todas as especialidades médicas, com mais de 1.200 leitos disponíveis para internações. Mensalmente são realizados mais de 90 mil atendimentos ambulatoriais e outros 80 mil atendimentos de emergência, cerca de 4 mil internações, 3.000 operações e 300 mil exames em laboratórios próprios e 50 mil exames nos excelentes serviços de Diagnóstico por Imagem. Os atendimentos emergenciais em todas as especialidades e serviços de alta complexidade são tidos como referência em nossa região.
Do ponto de vista assistencial, o seu perfil, o seu compromisso filantrópico, propõem que recursos obtidos no atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) e com a Medicina Supletiva sejam reinvestidos nos seus hospitais, para que esta instituição quadricentenária, mantenha os mais modernos equipamentos médicos, aliados a profissionais altamente qualificados, ofereçam à população do Brasil o melhor possível em assistência à saúde.
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
Em outubro de 1962, o então Provedor, Dr. Christiano Altenfelder Silva, um entusiasta da ideia da criação de Escola Médica, anunciou à Mesa Administrativa que estava aprovada a criação da FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO (FCMSCSP). Sua formatação didática fora estabelecida pela Associação dos Médicos da Santa Casa, presidida pelo Professor Emilio Athié, outro entusiasta da ideia da Escola. Ambos são, devidamente, considerados os fundadores desta Faculdade. É caracterizada como uma instituição privada, filantrópica, sem fins lucrativos, mantida pela Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho (FAVC).
No dia 24 de maio de 1963, foi proferida a aula inaugural do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo pelo acadêmico Pedro Calmon, Reitor da Universidade do Brasil. O reconhecimento oficial do curso foi emitido por meio do Decreto Federal nº 62.044, datado de 4 de janeiro de 1968. O primeiro Diretor da instituição foi o Professor Emilio Athié e esse posto foi ocupado por outros docentes, sendo desde 2011 dirigida pelo Professor Doutor Valdir Golin, ex aluno da Faculdade.
Em 2000, o Ministério da Educação aprovou a criação do curso de Enfermagem com o conceito “A” e início das atividades didáticas em 2001. Nesse mesmo ano, foi aprovado o curso de graduação em Fonoaudiologia, iniciando as atividades didáticas em 2002, também com conceito "A" pelo MEC. Em 2008, foram iniciadas as atividades de Telemedicina, provendo cursos rápidos para instituições médicas, além de cursos de Educação a Distância em implantação, por intermédio do seu Departamento de Informática.
A partir de 2015 iniciaram-se as atividades de dois Cursos Superiores de Tecnologia, Sistemas Biomédicos, e de Radiologia, voltados à formação operacional de especialistas na instalação, manuseio, e reparação de equipamentos de alta e progressiva sofisticação utilizados intensivamente no ambiente médico hospitalar, e dos equipamentos produtores de imagens. Atualmente, a maioria do seu Corpo Docente graduou-se na própria Faculdade, assim como os integrantes dos Serviços do Hospital, que atuam ou ocupam postos de comando. Atualmente existem 374 docentes sendo 284 (75,9%) Doutores, 77 (20,6%) Mestres e 13 (3,5%) especialistas, que lecionam para 1.122 alunos dos cinco cursos de Graduação, 205 alunos dos Cursos de Pós Graduação “Stricto sensu” e 1.650 alunos dos Cursos de Pós Graduação “Lato sensu”.
Inserida no Complexo Hospitalar da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo está posicionada entre as melhores Instituições de Ensino Superior em Medicina do país, segundo avaliação realizada pelo Ministério da Educação (Enade), em 2013. A sua contribuição para o desenvolvimento na área da saúde é evidenciada pelas inúmeras pesquisas científicas, tanto na área básica quanto clínica, contando com cerca de 40 grupos de pesquisa registrados no Ministério de Ciência e Tecnologia. Alunos e docentes desenvolvem reconhecidas atividades de pesquisas tecno-científicas em diversas entidades, como Hospital Central, Hospital São Luís Gonzaga, Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental, Centro de Saúde-Escola Barra Funda e Hospital Geriátrico Dom Pedro II.
Localizações
- São Paulo
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